"Ao ocupar as terras do antigo Império Romano do Ocidente, os bárbaros germânicos passaram a conviver com os antigos moradores dessas regiões, geralmente romanos ou galo-romanos. Enquanto os romanos eram pagãos, os galo-romanos e romanos eram cristãos.
A cultura medieval desenvolveu-se a partir da combinação das tradições romanas, preservadas pela Igreja, com as germânicas, trazidas pelos invasores.
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Assim nasceu uma maneira de viver em que se misturavam o ardor religioso e o militar, garantidos pela aliança entre os bispos e os guerreiros.
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Os padres acabaram assumindo muitas tarefas que antes eram feitas pelos funcionários romanos, como registros de nascimento e de casamento. Tinham grande prestígio junto à população por saberem ler e escrever e pela ajuda que prestavam aos pobres [...].
A Igreja, ao se aproximar dos chefes germânicos, recebia terras, objetos preciosos e apoio para expandir a evangelização de outros povos".
Fonte: MARANHÃO, Ricardo e ANTUNES, Maria Fernanda. Trabalho e Civilização - Uma História Global, vol. 2. São Paulo: Moderna, 1999. pp. 13-14.