Na década de 80, durante a Guerra Fria, o Cólera, banda paulistana de punk rock, discutia os Direitos Humanos em suas letras e, além da Declaração Universal dos Direitos Humanos, trouxe no encarte do seu mais famoso LP, "Pela Paz em Todo o Mundo" o seguinte texto:
"Há muitas gerações atrás existiam povos que se acotovelavam nos cantos do planeta Terra e eram até interessantes pelos seus costumes. Seus habitats naturais eram milhares de construções de concreto que chegavam até 200 metros de altura, eram interligadas por caminhos de superfície e subterrâneos. Por essas passagens os humanos circulavam andando ou dentro de veículos (caixotes de metal sobre rodas, movidos a combustão e propulsão).
Esses veículos, somados as fábricas de variados tipos, mantinham sempre as cidades, o ar, os alimentos, as águas dos mares e rios e toda a vegetação (que era escassa) super poluídos. Existiam papéis ilustrados e numerados chamados de “DINHEIRO” que representavam um determinado poder e eram usados para comprar desde alimentos e pedaços de terra, até pessoas e seus direitos. A violência para consegui-lo aumentava cada vez mais e sua distribuição era assim: quanto mais as pessoas trabalhavam, menos eles ganhavam – Era o caso dos funcionários que passavam a vida inteira recebendo ordens e pressões. O planeta era dividido em países e cada país tinha um líder que possuía o comando e era escolhido pelo mesmo povo que ele pisava e explorava. Quando um líder se desentendia de outro, eles mandavam de seus países, os jovens (Pessoas que estavam na melhor fase da vida) à um determinado lugar para lutarem até a morte. Assim, o lado que matasse mais jovens, vencia e impunha seus interesses.
Haviam males que matavam muitas pessoas como doenças, vícios e subnutrição, mas não eram curados por que todas as atenções dos líderes estavam voltadas para o comércio bélico (venda de armas entre os países para matar seus povos), o que gerava muito mais dinheiro. O mundo então desenvolvia incessantemente sua tecnologia, eletrônica e mecânica, que podiam ser usadas para acabar com todos os males, mas sempre eram aproveitadas para as guerras (os já ditos desentendimentos de líderes) e para a escravidão e repressão das pessoas. Poucas dessas pessoas tinha acesso ao conhecimento e à cultura, pois existiam patrulhas ideológicas. Quem não concordava com todas aquelas injustiças era torturado ou isolado por todos.
NÃO EXISTIA LIBERDADE nem de falar e nem de pensar! Todos deviam ser como mandavam os líderes e a tv (aparelho eletrônico que iludia e alienava diariamente e que todas pessoas usavam).
Nas cidades maiores existiam crianças abandonadas, venda de sexo, suicídios, gangs assassinas e muito, muito lixo (industrial, atômico e humano), tudo em grandes escalas.
Assim, a terra passou o século XX cheia de guerras, solidão, humilhações, crises, competições e frustrações. Muitas pessoas se importaram e lutaram por um mundo melhor. Existia uma tabuinha com o título de DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS que surgiu para esperançar os já cansados e iludidos seres comuns. A humanidade matava por ganância, por vingança ou por simples prazer.
CONLUSÃO:
De onde viemos e para onde vamos é algo que realmente é secundário em nosso objetivo inicial da pesquisa. O que importa é que o ser humano caminha ou caminhou errante em grandes e solitárias multidões, sempre se perdendo e sempre reinventando um caminho. A necessidade criou a solução e a preguiça foi a causadora de perdas irreparáveis. O homem cria o homem que destrói o homem, para poder recria-lo. Mas sempre houveram os super-dotados. Dentre eles um dos principais culpados pelo desencadeamento da energia nuclear, muito embora sem saber; EINSTEIN. Uma frase sua está prestes a tornar-se realidade. Reza ele que: “QUANTO A 3º GUERRA MUNDIAL, EU NÃO SEI, MAS A 4º SERÁ FEITA COM PAUS E PEDRAS.”
Ass.: Roberto Peixoto (Circo Voador)."