Mais uma semana trataremos deste importante assunto: racismo e luta
antirracista, desta vez com foco no Brasil. Esta é uma atividade que deve ser
realizada no Google Sala de Aula (Ainda não acessou o Google Sala de Aula?
Saiba como com o
site de apoio da SME/SP a estudantes e familiares).
Nesta atividade vocês devem.
1. Acessar o formulário Google e respondê-lo.
2. Clicar em Enviar.
3. De volta ao Google Sala de Aula, marcar a atividade como concluída.
Orientações.
- O formulário contém texto, imagens, e vídeos. Leia, veja, assista. Não
tente responder as questões sem acessar o conteúdo primeiro.
- Há duas questões de interpretação (onde existe resposta correta) e uma
questão de opinião (todas as respostas são corretas).
- É necessário informar o seu email da prefeitura para preencher o
formulário.
- Esta atividade não tem rubrica. A quantidade de pontos aparece ao lado de
cada questão.
Materiais de apoio.
- Formulário Google "Vidas Negras Importam - Luta Antirracista no Brasil”.
- Audiodescrição da atividade e dos textos e questões do formulário.
(Ambos acessíveis apenas via Google Sala de Aula).
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Dia Internacional da Mulher Negra -Marcha das Mulheres Negras e
Indígenas de São Paulo (25/07/2017) - Foto: Paulo Pinto/AGPT -
Licenciado sob Creative Commons
Atributtion 2.0 Generic.
I. Desigualdade racial no Brasil
Assista o vídeo abaixo do Canal Superinteressante sobre a Desigualdade
Racial no Brasil.
II. Racismo e Violência Policial
A violência policial contra pessoas negras no Brasil é ainda mais
grave do que nos EUA. Segundo dados do Anuário Brasileiro de
Segurança Pública, no ano de 2018 11% das mortes violentas
intencionais foram praticadas por policiais. Em São Paulo, essa
proporção chega a 20% e, no Rio de Janeiro, 23%.
"Estudo produzido por Cano em diferentes países indicou que as
mortes por intervenções policiais correspondem, em geral, a 5% do
total de homicídios. Quando esta porcentagem excedia 10% havia
sérios indícios de execuções e uso abusivo da força".
Dentre as vítimas da violência policial em 2018, 75,4% eram negros.
São muitos os casos de crianças mortas em favelas durante ações
policiais. Os casos recentes mais conhecidos são o de Marcos
Vinicius, 14 anos, morto enquanto ia para escola (2018), Ágatha
Félix, 8 anos, morta dentro de uma Kombi (2019) e João Pedro, 14
anos, morto dentro do quintal de casa (2020).
Em 2019, uma família negra teve seu carro alvejado com 80 tiros.
Foram mortos Evaldo Rosa, o pai da família, e Luciano Macedo, um
catador de materiais recicláveis que tentou socorrê-lo. Também são muitos os relatos de pessoas mortas porque tiveram objetos confundidos com armas: guarda-chuva,
celular, skate, saco de pipoca e até bíblia já foram confundidas com
armas e levaram ao assassinato de pessoas por policiais.
E o que essas pessoas tinham em comum? A cor da sua pele e o bairro em que viviam.
Bibliografia:
BETIM, Felipe. "Mãe de jovem morto no Rio: 'É um Estado doente que
mata criança com roupa de escola'”. El País Brasil. Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/22/politica/1529618951_552574.html> Acesso em 15 jun 2020 às 10h33.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Anuário Brasileiro de
Segurança Pública 2019. Disponível em: <http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/09/Anuario-2019-FINAL-v3.pdf> Acesso em 15 jun 2020 às 10h29.
FRANCO, Luiza. "Caso João Pedro: quatro crianças foram mortas em
operações policiais no Rio no último ano". BBC News Brasil.
Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-52731882> Acesso em 15 jun 2020 às 10h31.
JUCÁ, Beatriz. "Doze militares são denunciados por fuzilamento de
músico e catador no Rio". El País Brasil. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/11/politica/1557530968_201479.html> Acesso em 15 jun 2020 às 10h30.
MOTA, Thiago. Colagem de Manchetes de Jornal no Twitter.
Disponível em: <https://twitter.com/tlmota/status/1092566476119252993> Acesso em 15 jun 2020 às 10h35.
III. Pequeno Manual Antirracista
Inspirado por "How To Be an Antiracist", livro do historiador Ibram
X. Kendi publicado em agosto nos Estados Unidos, "Pequeno Manual
Antirracista" se divide em onze capítulos cujos títulos explicitam o
caminho sugerido para que nos atentemos, de verdade, às questões
raciais:
1. "Informe-se sobre o racismo"
2. "Enxergue a negritude"
3. "Reconheça os privilégios da branquitude"
4. "Perceba o racismo internalizado em você".
5. Apoie politicas educacionais afirmativas.
6. Transforme o ambiente de trabalho.
7. Leia autores negros.
8. Questione a cultura que consumimos.
9. Conheça seus desejos e afetos.
10. "Combata a violência racial
11. "Sejamos todos antirracistas"
Fonte: CASARIN, Rodrigo. "Clareza e didática contra o
racismo: o pequeno manual de Djamila Ribeiro" Página Cinco.
Disponível em: <https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2019/11/05/clareza-e-didatica-contra-o-racismo-o-pequeno-manual-de-djamila-ribeiro/> Acesso em 15 jun 2020 às 11h09.
IV. Como posso começar?
Que tal conhecer o trabalho maravilhoso do fotógrafo autodidata Rafael
Freire, de Minas Gerais? Ele nos ajuda a enxergar a negritude e
questionar nossos padrões de beleza.
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